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Médico diz que é gravíssima a situação de ocupação na ALA-COVID no HUST

“Não tem mais o que nós fazer, agora a população tem que fazer sua parte, ou a partir de agora as autoridades vão ter que se preocupar de equipar cemitérios e coveiros para dar conta do recado,” diz médico coordenador do setor de emergência do HUST”

O médico coordenador do setor de Emergência do Hospital Universitário Santa Terezinha de Joaçaba (HUST), Carlos Rogério Lima, diretor técnico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Herval d’Oeste, concedeu uma entrevista em tom forte a Rádio Catarinense na tarde desta segunda-feira (16) a respeito da situação da pandemia em Joaçaba e região.

Em forma de alerta, e com esperança mais uma vez de conscientizar a população, ele disse que a partir de agora as autoridades tem que se preocupar de equipar cemitérios e coveiros para dar conta do recado, pois o sistema hospitalar em Joaçaba, e toda região, colapsou. Dr. Carlos Rogério Lima disse que o momento é extremamente grave e que o hospital, e as unidades de saúde, atingiram o esgotamento de atendimento de pacientes, não tendo mais vagas na ALA-COVID. “Nossa região tem mais de 50 pessoas esperando por um respirador, três pessoas, de forma informal, morreram por falta deste equipamento, isso aqui em Joaçaba, Herval e Luzerna e a população ainda está brincando” alertou o médico.No HUST/Joaçaba ele explicou que fora da UTI existem 10 pacientes entubados e até respiradores da UPA foram encaminhados, mas o mais grave é que não existem mais profissionais qualificados para atender, como médicos, enfermeiros e técnicos.

Na entrevista ele cita também que já está faltando bombas de infusão para medicação e que em breve deve também faltar medicação. “Não tem mais o que nós fazer, agora a população tem que fazer sua parte, ou então vamos ter que arrumar vagas no cemitério, e nós infelizmente já temos um protocolo de quem vive e quem morre” lamentou o médico.

Ouça parte da entrevista com o médico

Por Marcelo Santos