Justiça prorroga prisão de mãe que jogou filha no Rio do Peixe

Marisa Hoffmann permanecerá mais 30 dias detida em presídio de Chapecó

Geral
28/02/2012

A Justiça aceitou o pedido da Polícia Civil para prorrogar a prisão temporária de Marisa Hoffmann, 32 anos, acusada de jogar a filha recém-nascida da passarela Atílio Pagnonceli entre os municípios de Joaçaba e Herval D' Oeste no dia 27 de janeiro deste ano. A informação foi confirmada pelo delegado da Comarca de Joaçaba, Maurício Pretto. No sábado (25) completou um mês, processualmente, que Marisa está presa. “Na sexta-feira foi feito pedido da prorrogação da prisão temporária que foi aceito pela Justiça, e agora nós teremos mais 30 dias para conclusão do inquérito policial”, explica.

Pretto revela que já foi feito o reconhecimento pessoal, foram ouvidas testemunhas, entre elas o corpo clínico do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) que realizou o parto, familiares da acusada e a própria Marisa Hoffmann. “Encaminhamos ela a um médico psiquiatra particular aqui em Joaçaba, e esse laudo aponta que ela estaria, em tese, normal durante a prática do crime e apresentado um quadro depressivo posterior em razão da prisão”, reitera.

Pretto enfatiza que o médico não é credenciado pelo Estado. A polícia estava agendando a perícia oficial que foi viabilizada na sexta-feira passada com um psiquiatra oficial, que fez a perícia nela e constatou em tese, extraoficialmente, através de um esboço, que ela estaria em estado puerperal, o que caracterizaria a infração penal de infanticídio e não de homicídio, como vindo sendo trabalhado no curso do inquérito. “Muda toda a tônica porque a pena vai de 2 a 6 anos para infanticídio e de 6 a 30 para homicídio”.

A polícia aguarda ainda o recebimento do laudo cadavérico feito pelo Instituto Médico Legal (IML). “Não nos foi entregue em função de a criança ainda não ter sido registrada”. O registro civil está sendo providenciado pelo advogado de defesa, tendo em vista a prisão de Marisa. O enquadramento criminal será definido no final do inquérito. Pretto conta que poderá tentar o agendamento de uma nova perícia, providência que também poderá ser solicitada pelo juiz se houver alguma dúvida.

Marisa Hoffmann permanecerá detida no Presídio Regional de Chapecó até o dia 25 de março, prazo da prorrogação da prisão temporária. “Até lá vamos ver se falta alguma coisa e vamos encaminhar ao Judiciário. Ou se torna prisão preventiva ou ela será posta em liberdade (com algumas medidas cautelares impostas pela Legislação)”.

O advogado Leocir Antônio Carneiro, que defende a acusada, trabalha na tese de depressão pós-parto. Ele aguarda o julgamento do pedido de liberdade dela através de Habeas Corpus ingressado no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

 

Fonte: Radio Catarinense
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